A Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, em parceria com a Escola Paulista da Magistratura (EPM), realizou, nesta quinta-feira (12), o seminário “Desvelando a adoção: maternidade e paternidade responsáveis”, ministrado pelas psicólogas Laucia Amerina Santos Neri e Maria Luiza Sguerri Farah Arnone. O coordenador da Infância e Juventude do TJSP, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, o desembargador Antonio Malheiros, membro consultor da CIJ, e o juiz Paulo Roberto Fadigas Cesar conduziram os trabalhos realizados na Sala do Servidor do Fórum João Mendes Júnior. O evento contou com a participação de 700 inscritos, nas modalidades presencial e a distância.
A psicóloga clínica Maria Luiza Arnone falou sobre as definições de maternidade e paternidade como relacionamento entre pais e filhos, baseado em percepções e que objetiva a afetividade, a responsabilidade, o desenvolvimento pessoal e uma profunda conexão entre os envolvidos. A psicóloga defendeu que esta concepção pode variar de acordo com as experiências pessoais e culturais de cada um. “A função da maternidade e paternidade começa om o desejo das pessoas de serem pais e de se desenvolverem e se fortalecerem através do arquétipo de mãe e pai”, explicou a psicóloga, distinguindo também o termo maternagem, “que não tem como suporte a condição biológica e nem de gênero, mas está amparada no afeto e no profundo desejo de cuidar”.
A psicóloga clínica e judiciária Laucia Amerina Santos Neri deu continuidade ao seminário falando sobre adoção. “Adoção é amor”, definiu Laucia. Mas segundo ela, em sua larga experiência na atividade como psicóloga judiciária, se deparou com diversos motivos equivocados que levam um casal a adotar, como a necessidade de fazer caridade, esconder a esterilidade ou filhos que sejam frutos de relacionamentos extraconjugais e até mesmo para garantir o cuidado na velhice. Autora do livro “Desvelando a adoção – Quem, quando e Como?”, Laucia compartilhou histórias reais que vivenciou de famílias adotantes e crianças adotadas, algumas com finais não tão felizes. “O melhor motivo para adotar nada mais é que o desejo de querer ser pai e querer ser mãe, e não querer ter alguma coisa. E este ‘querer ser’ não é tem a ver só com biológico ou apenas com o psicológico; ambos se correlacionam”, concluiu Laucia Neri. Após as palestras, foi aberto espaço para perguntas do público.
Comunicação Social TJSP – TM (texto) / KS (fotos)
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